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Mudanças na carteira nacional de habilitação preocupam autoescolas e instrutores no Sul de Minas

Anúncio sobre mudanças para obter CNH preocupa setor de autoescolas no Sul de Minas As mudanças aprovadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) no pr...

Mudanças na carteira nacional de habilitação preocupam autoescolas e instrutores no Sul de Minas
Mudanças na carteira nacional de habilitação preocupam autoescolas e instrutores no Sul de Minas (Foto: Reprodução)

Anúncio sobre mudanças para obter CNH preocupa setor de autoescolas no Sul de Minas As mudanças aprovadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) no processo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação já repercutem no setor de instrução de condução do Sul de Minas. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Centros de Formação de Condutores de Pouso Alegre e região (STCFCPAR), que representa 156 municípios, há o temor de uma demissão em massa. 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram A resolução, aprovada por unanimidade e aguarda publicação no Diário Oficial da União, altera etapas tradicionais da formação de condutores, entre elas a flexibilização da obrigatoriedade de aulas em autoescolas e a criação do instrutor autônomo. De acordo com o Ministério dos Transportes, o objetivo da resolução é reduzir o custo do processo de habilitação, considerado uma barreira para muitos brasileiros. O governo estima que, com as mudanças, o valor para tirar a CNH possa cair até 80%. Em Minas Gerais, o preço médio atual do processo é de R$ 3.968,15 - o quarto mais alto do país. Mudanças na carteira nacional de habilitação preocupam autoescolas e instrutores no Sul de Minas EPTV/Reprodução No setor de formação de condutores a preocupação é que haja demissões em massa se a demanda diminuir repentinamente. "O grande medo é do empresário ter que fazer uma dispensa em massa e não ter custos para arcar com as verbas rescisórias. E esse é um risco que corremos, que estamos à iminência de correr", diz Leandro Melo, presidente do STCFCPAR. Segundo o sindicato, o risco financeiro relacionado ao pagamento de verbas rescisórias tem tirado o sono de empresários. A estrutura necessária para manter uma autoescola também pesa no debate. Empresários explicam que o custo fixo para operar é alto: veículos específicos, espaço físico mínimo, diretores, instrutores e equipe administrativa. Uma autoescola de porte médio no Sul de Minas pode ter despesas mensais entre R$ 35 mil e R$ 40 mil, o que torna o cenário de incertezas ainda mais sensível. A criação do instrutor autônomo também causa dúvidas. Pelas regras, o profissional deverá ter ao menos 21 anos, CNH por dois anos, ensino médio completo, cadastro no Detran e não ter cometido infração gravíssima no ano anterior, além do desafio de conseguir veículo próprio e manter as adaptações exigidas, assumindo despesas que hoje são responsabilidade das autoescolas. "Será que o instrutor hoje tem um veículo próprio? Como que vai ser? Ele tem condições de comprar um veículo, adaptar isso? Isso preocupa, né? E como que vai ser? Vai ser PJ? Vou ter que abrir um MEI para fazer isso? Vou fazer o bico? Eu posso colocar o preço na minha aula?" questiona Ana Paula Silva, instrutora de autoescola. Grupos que administram autoescolas, como os que atuam em Pouso Alegre, Ouro Fino e Jacutinga, afirmam que, apesar de serem favoráveis a melhorias no processo de habilitação, não foram convidados a participar da discussão. Eles reforçam que as mudanças estruturais precisam ser debatidas de forma ampla, para evitar prejuízos a trabalhadores, empresas e aos próprios candidatos à CNH. O setor aguarda a publicação das regras e espera que o diálogo avance antes da implementação definitiva das alterações. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

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