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Quem era Adenilde Petrina, professora, radialista e referência no movimento negro em Juiz de Fora

Adenilde Petrina Bispo morreu aos 73 anos em Juiz de Fora UFJF/Divulgação Referência na liderança comunitária e no movimento negro, Adenilde Petrina Bispo ...

Quem era Adenilde Petrina, professora, radialista e referência no movimento negro em Juiz de Fora
Quem era Adenilde Petrina, professora, radialista e referência no movimento negro em Juiz de Fora (Foto: Reprodução)

Adenilde Petrina Bispo morreu aos 73 anos em Juiz de Fora UFJF/Divulgação Referência na liderança comunitária e no movimento negro, Adenilde Petrina Bispo também atuou em Juiz de Fora como professora e radialista. Nos últimos anos, se destacou com as ações do Coletivo Vozes da Rua, com trabalho social junto aos jovens da periferia. Ela morreu nesta quinta-feira (30), aos 73 anos, devido a um câncer de mama. O velório acontece nesta quinta-feira (30), a partir das 14h30, no Cemitério Parque da Saudade. Já o sepultamento será às 9h de sexta-feira (31). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp Por reconhecimentos aos seus trabalhos, em 2017, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, instituição onde se formou em História, na década de 1970. A honraria é concedida a personalidades, nacionais ou estrangeiras, cujas atividades, publicações ou descobertas tenham contribuído para o progresso da educação, das ciências, das letras ou das artes. Durante 10 anos, atuou na rádio comunitária 'Mega', do Bairro Santa Cândida, bairro onde morava, discutindo sobre direitos sociais, como acesso à saúde, saneamento básico, escola e transporte coletivo. "Era um bairro que não tinha água nem luz. Muitas casas eram de madeira ou latão. Eu comecei a participar nesse movimento, a frequentar a Prefeitura e brigar por políticas públicas. Nós nem sabíamos o que era política pública e começamos a nossa luta com muita dificuldade para conseguir água, luz e esgoto. Depois lutamos por escola, ônibus no bairro", relembrou Adenilde em entrevista ao quadro 'Fala, Comunidade', em agosto deste ano. Assista abaixo. Fala Comunidade: Conheça a história de uma professora que é referência no movimento negro Carreira na educação e no Coletivo Vozes da Rua Nascida em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, Adenilde Petrina se mudou para Juiz de Fora aos 12 anos. Foi primeira pessoa da família a entrar na faculdade, ao ser aprovada para o curso de Filosofia na UFJF. Entre 1984 e 2013, deu aulas de História na rede municipal, lecionando em escolas do Centro e dos bairros Santo Antônio e Teixeiras. Além disso, trabalhou na Biblioteca da Igreja da Glória. Adenilde Petrina é a idealizadora e responsável pelo Coletivo Vozes da Rua em Juiz de Fora Coletivo Vozes da Rua/Divulgação Em 1997, começou a trabalhar na rádio comunitária 'Mega', do Bairro Santa Cândida, discutindo sobre direitos sociais, como acesso à saúde, saneamento básico, escola, transporte coletivo. "Cada um deu uma ajuda para montar a rádio. A comunidade abraçou e, no dia que entrou no ar, dava até eco, porque estava todo mundo ouvindo. Tinha programação extensa: da Igreja Católica, umbanda, candomblé, espiritismo. Todo mundo tinha vez e voz. Era muito democrática com todo tipo de programa. Aprendemos muito, eu conheci o blues. Achava que era coisa de gente rica e fui aprendendo a ouvir jazz, música clássica. Fomos aprendendo sobre a cultura do continente africano, de onde viemos", disse ao Fala. Adenilde também participou da criação do Coletivo Vozes da Rua, difundindo a culta afro-brasileira e levando formação e informação aos jovens da periferia, principalmente através do hip-hop. LEIA TAMBÉM Morre Adenilde Petrina, professora, radialista e referência no movimento negro em Juiz de Fora Mulheres de Juiz de Fora e região que se destacam no Brasil e no mundo: Teste seus conhecimentos! VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes D

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