Quem é o funcionário que matou patrão em festa de fim de ano da empresa em MG
Funcionário que matou patrão esfaqueado em confraternização de fim de ano é absolvido Eliandro Bastos, de 36 anos, absolvido em 1ª instância pela morte d...
Funcionário que matou patrão esfaqueado em confraternização de fim de ano é absolvido Eliandro Bastos, de 36 anos, absolvido em 1ª instância pela morte do empresário Kerli Fabrício durante a confraternização de fim de ano da Metal Polo Aramados, era o funcionário mais antigo da empresa. O crime ocorreu em Cláudio, no Centro-Oeste mineiro, em 2024. A família da vítima recorreu da decisão que absolveu Eliandro. Eliandro tinha uma rotina marcada pela dedicação ao trabalho. Era considerado um funcionário experiente e, segundo a empresa, mantinha uma relação de amizade com o patrão, Kerli Fabrício. Eliandro também costumava participar dos eventos internos promovidos pela Metal Polo, entre eles a confraternização anual de fim de ano. Foi durante essa festa, no dia 21 de dezembro, que ocorreu o episódio que terminou na morte do empresário. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste no WhatsApp Relação profissional e comunicado de demissão De acordo com os autos, Eliandro foi chamado para uma conversa reservada durante a confraternização. Na ocasião, Kerli informou que ele seria desligado da empresa. O patrão teria dito que Eliandro era “um funcionário muito caro”, justificando o motivo da demissão. Testemunhas relataram que Eliandro ficou abalado com a notícia. Ele havia dedicado vários anos à Metal Polo e tinha uma ligação estreita com a rotina da fábrica. Segundo a investigação, a situação desencadeou uma discussão que evoluiu para um confronto físico. O momento da briga Ainda conforme o processo, Eliandro se exaltou após a conversa e chegou a quebrar no chão uma garrafa de vinho que havia recebido de presente do patrão. Kerli, então, teria exigido que ele recolhesse os estilhaços e, em seguida, trancado o portão da empresa, impedindo que o funcionário deixasse o local. A briga continuou na área externa, onde os dois passaram a se agredir fisicamente. Eliandro afirmou ter sido arrastado e disse à Justiça que temeu sofrer uma agressão mais grave. Durante o conflito, ele pegou uma faca que estava próxima e golpeou Kerli três vezes — no abdômen, no pescoço e no ombro. O empresário não resistiu aos ferimentos. LEIA TAMBÉM: Criminosos vestidos de Papai Noel invadem e furtam loja de eletrônicos em MG; veja VÍDEO Mãe e filho celebram o Natal um ano após serem arrastados por enxurrada em MG Após o crime Minutos depois, Eliandro fugiu para uma área de mata perto da empresa. Ele permaneceu escondido por algumas horas e, ao anoitecer, pediu ao irmão que acionasse a Polícia Militar para que pudesse se entregar. Foi preso no mesmo dia. A Polícia Civil indiciou Eliandro por homicídio qualificado por motivo fútil. Ele chegou a ficar detido no Presídio Floramar, em Divinópolis, até 31 de dezembro de 2024, quando recebeu o alvará de soltura. Absolvição em 1ª instância Em setembro de 2025, a Justiça mineira absolveu Eliandro em 1ª instância, acolhendo a tese da defesa de que ele agiu em legítima defesa. O processo corre em segredo de Justiça, e os detalhes da decisão não foram divulgados. A família de Kerli recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e o caso agora aguarda análise em segunda instância. Funcionário Eliandro e o empresário Kerli em foto publicada das redes sociais da empresa em 2022 Reprodução/Redes Sociais VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas