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Professor suspeito de estupro de alunos não é indiciado por falta de provas em MG

Polícia Civil de Patos de Minas apura denúncias de estupro de vulnerável Polícia Civil/Divulgação O professor de música suspeito de estuprar pelo menos m...

Professor suspeito de estupro de alunos não é indiciado por falta de provas em MG
Professor suspeito de estupro de alunos não é indiciado por falta de provas em MG (Foto: Reprodução)

Polícia Civil de Patos de Minas apura denúncias de estupro de vulnerável Polícia Civil/Divulgação O professor de música suspeito de estuprar pelo menos menos cinco crianças entre 4 e 5 anos em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, não será indiciado pela Polícia Civil. A conclusão do inquérito anunciada na sexta-feira (19) apontou falta de provas que comprovem o crime para o não indiciamento do homem de 49 anos. Os crimes teriam ocorrido em uma escola municipal onde o professor dava aula. Mesmo optando por não indiciar o professor, o inquérito foi encaminhado para análise e deliberação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O professor foi preso no dia 27 de agosto, quando foi localizado no Distrito Federal. Após a audiência de custódia, ele foi transferido para Patos de Minas. O g1 questionou se a Secretaria Municipal de Educação irá se manifestar sobre a conclusão do inquérito, porém, até a última atualização desta reportagem não obteve resposta. Em nota, os advogados Cristiane Albuiquerque da Rocha e Guilherme Aurélio Holuboski Moreira da Silva, que representam o professor, afirmaram que eles se preparam para adotar as medidas judiciais cabíveis voltadas à adequada tutela da honra, da dignidade pessoal e da esfera profissional de seu cliente, diante dos relevantes prejuízos suportados ao longo da investigação. Leia a nota completa abaixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp Crianças identificadas como possíveis vítimas Coletiva da Polícia Civil em Patos de Minas nesta segunda-feira (25) Paulo Barbosa/TV Integração No dia 25 agosto, a Polícia Civil realizou uma entrevista coletiva para esclarecer as denúncias de estupro de vulnerável na escola municipal do Bairro Jardim Esperança. Na ocasião, a delegada Tatiana Paiva, responsável pelo caso, informou que cinco crianças foram identificadas como possíveis vítimas após depoimentos das mães. Segundo a delegada, duas das crianças passaram por exames com o médico legista da Polícia Civil, especialista em casos de abuso sexual. As outras três foram atendidas no Hospital Regional Antônio Dias e os prontuários são aguardados para análise. Caso necessário, as crianças também serão avaliadas pelo legista especializado. O caso chegou ao conhecimento da polícia quando uma mãe registrou boletim de ocorrência após notar mudanças no comportamento da filha de 4 anos. Conforme o registro, a criança contou que o professor a tocava de forma inadequada e introduzia objetos como lápis e faca na região anal. A filha disse ainda que era ameaçada pelo professor, que afirmava que, se contasse sobre os abusos, ele deixaria de dar aulas de música - atividade que ela gostava muito de participar na escola. O homem foi afastado das funções assim que a escola soube da denúncia. À época, o homem foi conduzido para a delegacia, ouvido e liberado por falta de provas. Após as denúncias, o carro do investigado foi alvo de tiros. O suspeito de atirar foi preso em flagrante com armas e munições. Carro de professor denunciado por estupro foi atingidopor cerca de 10 tiros em Patos de Minas Patos Hoje/Reprodução Depoimento especial As crianças, com idades entre 4 e 5 anos, foram ouvidas por meio de depoimento especial, conforme determina a legislação, em ambiente protegido e com acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais do Fórum de Patos de Minas. "Envolve crianças muito pequenas que não podem ser expostas, sequer devem ser ouvidas numa delegacia de polícia. E, por isso, a gente precisa de paciência, de muita cautela", disse a delegada. As gravações das entrevistas foram utilizadas como parte das provas no inquérito. Andamento das investigações Na coletiva, a Polícia Civil disse que mobilizou seis investigadores para apurar os fatos, identificar outras possíveis vítimas e combater a disseminação de informações falsas nas redes sociais sobre o caso. Além disso, o celular do professor investigado foi apreendido para análise. O homem negou as acusações desde o início. Leia também: Mãe descobre estupro do filho autista e esfaqueia idoso Suspeito de estuprar irmãos em chácara é preso Casal condenado a 15 anos de prisão por estupro é preso após duas semanas de buscas Professor afastado das atividades Em primeira nota enviada à imprensa, a Prefeitura de Patos de Minas afirmou que, ao tomar conhecimento da denúncia, determinou a instauração imediata de procedimento interno para apuração dos fatos. Além disso, comunicou o afastamento do servidor das atividades. Uma nova nota foi divulgada dias depois reforçando sobre as providências adotadas pelo Município: Reforço na vigilância durante a entrada e saída dos alunos (TBI); Apoio da Polícia Militar, com viaturas durante o funcionamento da unidade escolar; Presença de duas inspetoras de educação da SEMED no atendimento à unidade; Triagem psicológica de estudantes e servidores, realizada por equipes da Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Secretaria Municipal de Administração (GESAT); Atendimento psicológico especializado às famílias, em articulação com as mesmas secretarias; Processo licitatório para aquisição e instalação de circuito de câmeras de vigilância. Além disso, a Prefeitura de Patos de Minas informou que, a partir do dia 25 de agosto, a Secretaria Municipal de Educação passou a assumir diretamente a gestão da escola onde os supostos abusos ocorreram. Divulgou ainda os canais da Ouvidoria Municipal, que estão disponíveis para receber queixas ou sugestões pelos telefones (34) 3818-1400 e (34) 3822-9115. O que disse a defesa do professor "Desde o início, a defesa atuou com serenidade, responsabilidade e absoluto respeito ao devido processo legal, acompanhando atentamente cada etapa da investigação, convicta de que a apuração criteriosa demonstraria a inexistência de elementos probatórios suficientes para sustentar qualquer imputação criminal com relação ao nosso cliente. Além disso, a defesa também teve atuação firme e contínua no zelo pela segurança, integridade física, emocional e moral do professor e de sua família, que foram indevidamente expostos a um cenário de intensa vulnerabilidade e constrangimento público, adotando todas as medidas jurídicas cabíveis para resguardar seus direitos fundamentais ao longo de todo o procedimento investigativo. A conclusão do inquérito policial, sem indiciamento, confirma aquilo que a defesa sempre sustentou: não houve comprovação de infração penal, inexistindo justa causa para a persecução criminal. Neste momento, aguardam-se os andamentos finais perante o Poder Judiciário e a manifestação do Ministério Público. Paralelamente, a defesa já se prepara para adotar as medidas judiciais cabíveis voltadas à adequada tutela da honra, da dignidade pessoal e da esfera profissional de seu cliente, diante dos relevantes prejuízos suportados ao longo da investigação. A defesa seguirá atuando com firmeza, técnica e responsabilidade, sempre pautada na legalidade, na proteção dos direitos fundamentais e no compromisso com a verdade." Polícia Civil detalha investigação de abuso sexual em escola de Patos de Minas VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

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