Órgão de quase três séculos volta a soar na Catedral de Mariana após anos de restauração
Órgão secular na Catedral de Mariana TV Globo/ Reprodução Um órgão de quase três séculos voltou a soar na Catedral de Mariana, cidade histórica da Regi...
Órgão secular na Catedral de Mariana TV Globo/ Reprodução Um órgão de quase três séculos voltou a soar na Catedral de Mariana, cidade histórica da Região Central de Minas Gerais, após quase dez anos em silêncio. A igreja passou por uma reforma e, depois de reaberta, há três anos, uma infestação de cupins foi descoberta no instrumento, que precisou passar por um trabalho de restauração na Espanha. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Agora, o órgão está de volta, e Mariana, em festa. Moradores, fiéis e turistas estão vivendo, desde a última segunda-feira (8), a experiência de ouvir os sons de um dos símbolos mais valiosos do patrimônio musical brasileiro. "É a voz de Deus para nós, cristãos. É tão suave, mas tão firme, que não se ouve uma palavra da plateia", disse a aposentada Hebe Maria Rola Santos. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O órgão secular leva o nome de seu construtor, o organista alemão Arp Schnitger, foi um presente da Coroa portuguesa para a Diocese de Mariana – não há nenhum modelo igual fora da Europa. "O órgão de tubos, a gente pensa que é um grupo de flautas. Cada tubo é uma flauta, e cada tecla do teclado tem um tubo só para ela. A gente tem um grande coro de flautas, com um monte de sons diferentes. Você tem um som da mesma época que a construção, isso é muito especial", explicou a organista e regente da Catedral de Mariana, Josineia Godinho. Igreja lotada para concerto Órgão secular na Catedral de Mariana TV Globo/ Reprodução Nesta quinta-feira (11), a apresentação foi com a premiada Orquestra Ouro Preto. "Acho que ouvindo o órgão aqui da Catedral da Sé, de Mariana, acho que tem um pouco do nosso sotaque, do nosso jeito, sabe, aquele cheirinho de pão de queijo com café", falou o maestro da Orquestra Ouro Preto, Rodrigo Toffolo. A igreja lotou para o concerto. Quase 500 convites acabaram em menos de dez minutos. Tinha gente nas laterais e até encostada nas portas. A psicóloga Estefânia Maria Gonçalves participou com o bebê no colo. "Não podia perder essa oportunidade, né? Agora que retornou, reformado, para a gente, uma coisa maravilhosa, não dá para perder mesmo", falou. A aposentada Emília Aparecida Reis também comemorou a experiência. "A música é a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante o som, então a música é isso, ela mexe com a alma", disse.