Ex-patrão é apontado como mandante e primo como executor da morte de empresário em Uberlândia, segundo polícia
Comerciante é morto a tiros no Bairro Brasil, em Uberlândia A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta quinta-feira (18), quatro pessoas investigadas pel...
Comerciante é morto a tiros no Bairro Brasil, em Uberlândia A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta quinta-feira (18), quatro pessoas investigadas pelo assassinato do empresário Douglas Vieira Silva, de 28 anos, ocorrido em setembro deste ano no Bairro Brasil, em Uberlândia. Entre os presos estão o ex-chefe da vítima, também empresário da cidade e apontado como mandante do homicídio, e um primo de Douglas, que trabalhava para o ex-patrão e teria sido um dos executores. O jovem era dono de uma empresa do ramo de piscinas e foi morto a tiros no dia 22 de setembro. Testemunhas relataram que o autor do crime chegou ao local, chamou pelo nome da vítima e efetuou os disparos. O empresário foi atingido no peito, braços e pernas e não resistiu aos ferimentos. No dia do crime, a avó dele teve uma parada cardíaca ao receber a notícia da morte e foi hospitalizada. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp Ação judicial e concorrência comercial motivaram crime Segundo as investigações, a motivação do crime está ligada a uma ação judicial movida por Douglas contra o ex-patrão e à concorrência comercial, já que a vítima havia aberto uma empresa do ramo de piscinas meses antes do assassinato. "Foi identificado e apurado que o Douglas era um ex-funcionário desse indivíduo. Pouco tempo antes do crime, ele ingressou com uma ação trabalhista contra o seu ex-patrão, e bem como teria aberto ali uma empresa do mesmo ramo de piscinas. Isso teria sido motivo para que acontecesse esse bárbaro crime. No entanto, a resposta veio à altura, com uma investigação qualificada e a atuação firme e correta da Polícia Civil identificando e efetuando a prisão de todos os envolvidos", disse o delegado regional, Gustavo Anai. Outras duas pessoas que deram apoio ao crime também foram presas. O nome dos investigados não foi divulgado pela polícia. Durante coletiva de imprensa, o delegado de Homicídios, Carlos Fernandes, informou que as prisões fazem parte de uma segunda fase de investigações e que as provas ainda estão sendo levantadas para a conclusão do inquérito. "A gente representou no Poder Judiciário por quebra de sigilo bancário, telefônico, pelas prisões temporárias, e busca e apreensão. Na data de hoje apreendemos vasta quantia de dinheiro, vários aparelhos telefônicos. A gente está recebendo das operadoras do Banco Central informações que, ao longo de mais alguns dias, a gente vai concluir essa investigação com muita prova robusta dessa investigação", destacou o delegado. De acordo com a corporação, foram cumpridos mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão. Mais de 40 policiais participaram da ação. LEIA TAMBÉM: Dono de postos é detido em operação ligada a jogos de azar PF encontra R$ 4 milhões escondidos em colchão VÍDEO: Mulher morre em batida entre moto e caminhonete de sargento da PM Vítima foi assassinada dentro do próprio negócio Segundo o Corpo de Bombeiros, o primeiro acionamento para o crime ocorreu por volta das 16h na loja da vítima. O rapaz foi socorrido, mas não foi possível reverter o quadro dele devido à quantidade de perfurações. A motocicleta usada na execução foi furtada dois dias antes do crime e escolhida estrategicamente para facilitar a fuga dos criminosos em Uberlândia. A informação foi divulgada pela Polícia Civil durante a primeira fase das investigações, no dia 8 de outubro. Na ocasião, o delegado de Polícia Civil informou que o grupo criminoso responsável pelo furto, que ocorreu no Bairro Tibery, no dia 20 de setembro, foi identificado. Se tratava de um grupo especializado em “michar”, prática que consiste em ligar o veículo com chave falsa. Eles receberam R$ 1,2 mil pelo serviço. "Essa primeira fase, basicamente, ela é referente à participação material que foi utilizada. Foi montada toda uma organização para que subtraísse essa motocicleta. Teria que ser uma motocicleta acima de 150 cilindradas para facilitar a fuga. O pessoal disse que seria utilizada no homicídio de um empresário. Então, a gente conseguiu identificar cinco pessoas envolvidas no furto", explicou o Fernandes. Empresário também era engenheiro Douglas Vieira Silva Reprodução/Redes Sociais Dentre os adjetivos escolhidos para relembrarem Douglas Vieira Silva, os amigos ressaltaram como ele era um bom companheiro, um homem da igreja e um verdadeiro gentleman. "Ele era maravilhoso, um menino da igreja, incrível. Estamos todos abalados e chocados com o que aconteceu, jamais poderíamos imaginar", lamentou uma amiga, que não quis se identificar. Douglas se formou em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ele abriu a empresa de piscinas em abril deste ano. O empresário era casado com Dálete Gomes há seis meses, mas estavam juntos há mais de 10 anos. Ele também deixa os pais, avós e dois irmãos. "Ela está muito abalada, pouco fala. Eles se conhecem desde os 14 anos, estão juntos desde então e ela diz que não sabe como irá viver sem ele", afirmou outro amigo, que também não quis se identificar. Viaturas permanecem no local Reprodução/Redes Sociais VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas